2 de set. de 2009

Beth Goulart - Simplesmente Clarice Lispector

Assisti à peça, "Simplesmente eu.Clarice Lispector" em muitos momentos com um assobio preso nos lábios, daqueles "fiu-fiu" usuais ante a presença de mulheres excepcionalmente belas.
Assisti prendendo as mãos para não aplaudir em cena aberta em pelo menos umas 4 ocasiões.
Não é Beth que entra em cena, é Clarice! Clarice viva em carne e osso e muito, muito espírito e não uma aparição, não um fantasma! Mas simplesmente Clarice Lispector!

E o trabalho de Beth é tão sensível, tão sincero, tão primoroso que conseguimos sim perceber as personagens que se desdobram e se desprendem de Beth-Clarice como almas! E talvez somente por isso não tenha dado vazão ao meu desejo de expansão, porque há um silêncio sagrado a flutuar na platéia. É o fenômendo da presença de Clarice e somente sob sua regência nós mortais na platéia nos permitimos rir diante de Lóri.
É assim. No entanto após findo o espetáculo, não há como evitar o plauso empolgado quase compulsivo, aplaudimos uma Clarice que não queremos que vá embora.
Beth com voz colocada, aveludada, notadamente emocionada fala como cidadã é inevitável aplaudir com a mesma empolgação uma Beth que não queremos que vá embora.
E como lá não é lugar de se morar, nos vamos, mas é certo que queiramos voltar. Está difícil conseguir comprar os ingressos paras as apresentações no CCBB, mas com certeza irei a cada semana até o dia 4 de outubro.

A foto dessa fada posto já já

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