14 de ago. de 2011

APRENDI COM O MEU AMOR

Eu e o grande amor da minha vida, 
os poemas de Carlos Drumond de Anadrade,
sempre vivemos em harmonia.
Não sei se por eles terem os olhos de Chico Buarque e,
às vezes dançarem ao som dessa música feminina até maldita.

Drummond ensinou-me tanta coisa boa:
Viajar através de um quadro na parede;
manter a casa arrumada;
que iambos e hiatos medem, sim uma paixão!
Foi ele quem me guiou pelas impurezas do branco sem que me perdesse;
Usei a bolsa amarela sem constrangimento.

Os poemas de Drummond, meu verdadeiro mas não único amor...
Jamais se enciumou das vezes que provei o doce Bandeira,
nunca se aborreceu quando bebi Vinícius feito cachaça
nem mesmo quando o abandonei para longas prosas com Clarice.

Por tanto me permitir dividir, ficou aqui em mim inexorável.

Em nenhum tempo, os poemas do meu grande amor Drummond,
enciumaram-se com as cantadas de Buarque!
Até fazia dele nossa trilha musical.
Vivemos felizes todos na casa que ele ensinou-me arrumar
para que vivessemos todos, assim repletos de melodias nos ouvidos, emoções nos coração e muitos poemas na cabeça.
(Rozzi Brasil)

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