15 de mar. de 2012

NIVER 20101

"FAÇO MENOS PLANOS E CULTIVO MENOS RECORDAÇÕES.
NÃO GUARDO MUITOS PAPÉIS, NEM ADIANTO MUITO O SERVIÇO.
MOVIMENTO-ME NUM ESPAÇO CUJO TAMANHO ME SERVE,
ALCANÇO SEUS LIMITES COM AS MÃOS, É NELE QUE ME INSTALO
E VIVO COM A INTEGRIDADE POSSÍVEL.
CANSO MENOS, ME DIVIRTO MAIS
E NÃO PERCO A FÉ POR CONSTATAR O ÓBVIO:
TUDO É PROVISÓRIO, INCLUSIVE NÓS".


foto da uma semana antes desse meu niver
Parece até que fui eu que escrevi, não? Que pena, não foi... Porem faço minhas essas palavras da Martha Medeiros. 
Eu descobri nos meus poucos anos de vida que se não vivermos assim, jamais viveremos, apenas estaremos vivos, perdendo os momentos da vida para uma ansiedade sobre algo que só acontecerá amanhã - se acontecer...

Acelerados perderemos momentos preciosos com as melhores companhias em função de alguém que desejamos, esperamos que chegue ou simplesmente achamos que é melhor do que aquele alguém que temos...

Ocupados, não percebemos o que acontece à nossa volta. Deixamos de viver em função de uma vida futura. Nossa velhice feliz, lamentavelmente não depende só da burocracia previdenciária.

Por essas e outras que esse ano voltei a fazer aniversário:
Eu não posso garantir quantos outros terei.
Eu não posso deixar de comemorar em função de uma data mais redonda e mais bonita e perder essa que por ser o que eu tenho no coração é a melhor, mais perfeita e propícia!

Quantas vezes relegamos nós mesmos em detrimento de algo que está por vir?
Quantas vezes falhamos com pessoas em função de outras que num determinado momento nos parecem mais importantes?
Querendo ganhar, otimizar, agregar (e mais tantas palavras modernas) a gente só consegue somar perdas. Perdas de sorrisos, de bons momentos, de pessoas que só nos farão falta lá na frente... 
Eu quero mais que antes:
Jamais brigar por coisas que não serão nunca minhas...
Quando o espetáculo acabar a gente não vai ter tempo de conferir a bilheteria. Entramos no palco com o borderô assinado em branco e tudo o que vai permanecer é a qualidade do espetáculo, são os raios luminosos que a platéia vai mandar pra você. 
Não temos a obrigação de fazer ninguém feliz, mas com certeza somos felizes na medida em que colaboramos para os sorrisos à nossa volta.
Eu vivi esse tempo todo pra sacar isso, é um patrimônio para herdeiro nenhum, talvez porque é para isso que vivemos. Para amealhar aquilo que não terá dono, que pessoal intransferível estará à diposição de quem se habilitar na deliciosa tarefa de se prevenir para o que não tem jeito e pegando o atalho dar uma voltinha a mais.
Quanto à Martha Medeiros, estão aqui minhas desculpas:
Martha Medeiros, você não é patrícia que eu pensava. Desculpa. Acho que não prestei atenção no que você escrevia, preocupada que estava em ler algum desses autores que "pega bem" comentar. Que fica bonito carregar debaixo do braço ... rs

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