3 de mai. de 2008

Replicante


Não consigo ficar mais de 5 minutos sozinha sem pensar e criar uma polêmica comigo mesma. Bem pouco beligerante, implico com os meus hábitos e gostos. De vez em quando surge a idéia que seria eu diferente do restante da humanidade, pro bem e pro mal também...
Ser diferente é quase normal, mas eu sinto que sou um replicante. Às vezes perseguido, poucas vezes observado, de vem em quando copiado, mas sempre sozinho como todos os andróides devem ser, por não terem alma gêmea, por não terem alma alguma padecem de solidão tal qual o humano e sua solidão justamente por terem alma única e original.

Ai, por que o coração que une é o mesmo que separa! E a estrada que traz, também leva. Ambigüidade, lugar-comum, a coincidência de toda diferença. Não é o igual que me atrai, são muitas as diferenças que me seduzem.

O meu amor não vive no meu coração, ele mora num lote sem número de qualquer quadra desconhecida do meu cérebro. O meu amor nasce aqui nesse endereço de pensamento incerto e não sabido que se perde por dentro do meu peito. É a minha cabeça que aperta o gatilho e o meu coração que vai pra prisão, enquanto que minha alma padece de solidão porque próxima e junta a sua jamais será uma.

Então te sigo. O rastro do seu sorriso na sua boca, moldura da sua voz enquadramento do meu ouvido, foto do me olhar que te segue por onde vai e imagina onde deveria ir: até o fim das consequencias de mim, se humanos fôssemos...

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