26 de fev. de 2009

Triste no Cinema


Cinema demais, porem não o suficiente.
"Foi Apenas um Sonho". Mais que os problemas individuais refletindo-se, atrapalhando, atravancando a vida a dois, é a solução meia-boca dos que fazem por querer dizendo que é para o bem do outro... Ou quando o outro é a porta do tamanho exato para que nos fechemos na nossa insegurança, quiçá, incapacidade e deixemos de alçar vôo por conta das responsabilidades que um relacionamento nos trouxe. Afinal, fazemos porque queremos ou porque é legal fazer? Aquela grande idéia nasceu do ímpeto de cuidarmos do nosso amado, ou simplesmente é uma boa desculpa pra fazermos aquilo que queremos e as circunstâncias de um determinado casamento com uma determinada criatura não nos possibilitou?
Questões e mais questões que se tivesse um final menos trágico combinaria perfeitamente com o saco de pipocas...
Eu amei esse filme e me vi nele, tanto de um lado quanto de outro.

O mundo é ruim porque assim o fizemos...Não tem jeito está impregnado no ser humano ser cruel para com os outros e guardar tão somente para nós a razão, ainda que ao final de toda a razão do mundo nos dobremos diante da pergunta: "Valeu a pena?".
Não tivessem criado as religiões, as mulheres seriam mais felizes, porem não compreenderiam tanto, nem do erro que se comete, nem da maldade que talvez jamais tenha existido...
O filme poderia começar na cena em que a madre conversa com a mãe do menino. É ali que o filme começou a existir e ter razão de ser, num diálogo tão comovente quanto assustador que nos faz sentir como a personagem megera do filme: Sem nada saber da vida e desejando saber menos ainda.



Foto assim como se fosse um musical, pra me enganar. E eu não vou pensar que as cenas iniciais de fuga me lembraram Cidade de Deus. Eu vou esquecer que estou lendo um livro que se passa no mesmo ambiente deste filme, com a mesma temática da pobreza a nos dizer que o que fazemos das nossas vidas tem muito mais a ver conosco mesmo do que qualquer influência que recebamos.

O amor é grande e será tão maior quanto maior for a importância que dermos a ele na nossa vida.
Inteligência tem muito menos a ver com escola do que com prestar atenção ao que a vida nos diz.
Já faz algumas horas que voltei do cinema, mas uma alegria não sai do meu coração e uma cena não sai dos meus olhos: A tomada de dezenas, centenas de telhados naquela basti indiana. Foi buscando as índias que se descobriu o Brasil?
Muito cinema, mas nunca demais e jamais o suficiente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dos três, eu só vi o 'Quem quer ser milionário?, eu também fiquei encantada com o jovem Jamal! Ele nos dá uma grande lição de vida! Para pessoas como nós duas, ele será um que anda ao nosso lado. Mas tomara que ele consiga mostrar o que realmente importa na vida a aquele senhor que adora arrotar conhecimentos de enciclopédia.

Beijão,