25 de jul. de 2009

A FADA do DELETE


Sei que algumas pessoas agem como se tivessem medo, medo de mim.
Sei que algumas pessoas se afastam por tanto tempo, que depois embora saibam o caminho não se permitem voltar.
Não sei se elas pensam que serão mal recebidas.
Não sei se elas se comportam como se estivessem tão cheias de razão que aguardam algum pedido de desculpas ou mesmo algum convite para que voltem...
Sei que a idade que deveria trazer-me a paciência,
faz-me compreensiva com essas pessoas,
porém não entrega a mim nenhuma paciência para tê-las de volta em minha vida...
Sei que é ridículo acreditar em fadas após os 15 anos, mas é mais ridículo ainda acreditar em amizade que se ausenta voluntariamente por mais de alguns meses.

Eu olho no orkut e vejo um mosaico de fotos sorridentes e percebo que estão ali a vasculhar minha vida, tentando saber de mim sem que tenham de perguntar. Podendo pensar mal de mim sem que tenham de se envergonhar. A internet tem tanta coisa positiva, no entanto o que mais se utiliza nela é o poder de exercitar a covardia!

Quando amanheço P da vida, vou lá e deleto meia dúzia de rostos que sorrindo ou não, embora presentes na minha tela, deles já não mais reconheço a voz. Sinto-me vingada e satisfeita! É como se tivesse dado um tiro num bandido incorrigível ou cumprido simplemsmente a lei! Gosto de imaginar-lhes o ar de surpresa quando me procuram e não mais me acham. Imagino que eles pensem como vão fazer para saber de mim ou como fazer a fofoca sem serem descobertos. Sei, é claro que esquecem disso na 3ª visita seguinte, eu também e assim vamos exercendo nosso direitos de sermos covardes com a impunidade que o anonimato virtual nos permite...

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