26 de out. de 2009

= AMOR NOVO =


Confesso que às vezes sinto um terrível cansaço de ser amada apenas na teoria... A vivência de amar é tão diferente quanto é exclusiva cada alma.

O sabor do meu amor residia na persistência e esperança, agora impregnou-se no prazer da sua realização.
Sim, na prática não sou feliz todos os dias, mas em tese sei que você me ama e mostra isso sendo fiel e fazendo por mim um pouco ou muito mais do fazia por outros.

Então há um prazer feliz nos momentos em que nos encontramos e um tom divertido nas vezes que nos esbarramos e uma serenidade quando estamos próximas e surge toda uma amargura quando você está e não se importa.

Às vezes parece que sou o objeto indispensável ao seu prazer, o ingresso do seu lazer. às vezes me parece que nunca mais terei o que dizer.

Esse amor nosso de escola, premiações, castigos, honras, glórias, sustos, anseios e medos. Eterna expectativa de aluno que não imagina a nota que alcançou.

Eu tenho medo que pensando, observando e vivendo eu esteja mais uma vez crescendo e um dia não mais nos reconheçamos. Eu não sei se há uma peça perdida no nosso quebra-cabeças ou se está ele pronto e completo sem que saibamos o que fazer agora...
Há dias que olho no espelho e vejo nele a mesma imagem de sempre com uma alma diferente. Às vezes me estranho, tagarela que sempre fui, calada.

Algo me diz que você é a última pessoa da minha vida mesmo que não seja definitiva. E tenho medo de não reconhecer a hora de ir, porque pensei que jamais tivesse que dizer adeus.

Dos amores que vivi, você é o mais complicado, o menos delicado, o que me deu mais sorrisos, o que eu gostei de encantar. Dos amores que tive, você é aquele que não sei o que fazer. Conheço em imagem, não reconheço em gestos. Vejo em sonhos não enxergo em atos. Vive nos sorrisos e me faz chorar mansa e calmamente...
Dormíamos zangados e acordávamos esquecidos. Parece que as brigas estão aumentando em conseqüência e diminuindo em duração. Ficamos cada vez mais tempo tristes ou chateadas.
Não entendo o mau humor pra mim e a alegria para os amigos e se entendo não aceito. Descubro que para isso existe o ciúme, para evitar que o amado faça com freqüência o que não gostamos. O ciumento, vejam só, é muito mais respeitado! Pode não impedir que se faça, mas é impedido de saber o que não gostaria.

Eu tenho vontade de pedir de volta todas as coisas boas que fiz por você, quem sabe assim, você me dá mais atenção...
Eu tenho vontade de fazer cara de durão e demonstrar que não estou nem aí pra você. Queria te ver sofrer de verdade somente por eu não estar, mas eu não tenho coragem de ir.

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