7 de abr. de 2008
LYA LUFTY
..."Por que você escreve?" é a primeira e universal indagação.
Um escritor respondeu que se parasse de escrever morreria: portanto, escrevia para não morrer; uma mulher dizia que escrevia para não enlouquecer, outra revela que o faz para ser amada.
Sou dos que escrevem como quem assobia no escuro: falando do que me deslumbra ou assusta desde criança, dialogando com o fascinante - à vezes trevoso - que espreita sobre nosso ombro nas atividades cotidianas. Fazer ficção é vagar à beira do poço interior observando os vultos no fundo, misturados com a minha imagem refletida na superfície.
Tudo isso é um jogo - contraponto da vida concreta, onde não me atraem as sombras mas o sol; não vigio em quartos fechados, mas amo o vasto mar; não me esgueiro, mas, apesar de todas as fragilidades, avanço.
A LITERATURA NÃO EMERGE DE ÁGUAS TRANQUILAS: FALA DAS MINHAS PERPLEXIDADES ENQUANTO SER HUMANO, ESCORRE DE FENDAS ONDE SE MOVE ALGO QUE, INALCAÇÁVEL, ME DESAFIA. ESCREVO SEMPRE SOBRE O QUE NÃO SEI."
Lia Lufty
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Um comentário:
Que bom que aprendeu. Fico feliz!
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