11 de mar. de 2010

continuação

 Hoje, dia 10 senti minha alma ainda em comemoração. Acho que estarei aniversariando ainda por alguns dias. Até que chegue a comemoração, talvez um pouco mais além, se envelhecemos todos os dias, porque comemorarmos uma única vez no ano? Fui ao Centro a trabalho e decidi fazer o que mais gosto, bater perna sem objetivo pelas  ruas. O Rio de Janeiro tem muita coisa fantástica. Aquela cúpula do Centro Cultural da Justiça Eleitoral é uma qualquer coisa de magnífica. Nunca entrei lá. Acompanhei as obras de restauração, fotografando e não consigo olhar para aquele prédio sem um certo sentimento de reverência.
Fiz a segunda coisa que mais gosto: Sair da dieta. Comi uma sandubão daquele de meia baguete do Uno & Due, com salame e provolone, mas o guaraná era zero. Pra esquecer a culpa entrei no CCBB, de short e havaiana. Olhei os livros da Livraria travessa, com os mesmos olhos da infância quando namorava LPs que jamais ganharia, por ter um gosto musical totalmente diferente da minha família. Eu gostava de músicas que a minha mãe dizia ser lentas em excesso e quando aumentava o rádio nos roquinhos e "iê-Iê-iê" já era rotação demais e barulho em excesso. Minha mãe afinal, nunca foi muito clara acerca do que queria transmitir e acabou por criar esse monstrinho híbrido de tristeza e alegria com molho acridoce de timidez.
De tudo o que me lembrei, percebi que o melhor é que não tenho saudade. Não porque tenha sido ruim, mas apenas porque passou.
Amanhã é outro dia e a minha agenda está repleta de coisas chatas e compromissos medonhos e eu com certeza terei saudade do que não fiz: Entrar no CCJE e repsonder o e-mail da Martha Medeiros...
Alguma placa tectônica da minha alma se moveu e ajustou no meu coração algo que eu não sabia que estava fora do lugar.

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